È finita
Hoje, indo para o trabalho, ouvi um resumão da Lava-Jato. Disseram que Oderbreth formalizou acordo de delação. Desse acordo, mais de 130 políticos estarão sob investigação. É tanto partido junto que dá pra fazer uma sopa de letrinhas.
Você poderia estar contente com a Lava-jato, bater panela e ficar com a consciência tranquila. Mas aqui, no mundo real, na vida de verdade, fora do tribunal, deixa eu te contar como é:
Ontem, no trabalho, aconteceu a eleição para diretor (e vice) da escola. Era chapa única, meu chapa.
As eleições da Gestão Democrática me deixam angustiada quanto ao processo.
Nas escolas, eleição não é via internet e debate não é obrigatório, nem divulgado na mídia. As propostas (olha a sopa de letrinhas!!!) são apresentadas à comunidade.
Disso resulta um esqueleto, daqueles do dia dos mortos, no México: capenga e colorido.
O esqueleto não tem carne, não conta com a participação efetiva da comunidade; não tem músculos, não tem força; é desengonçado, não tem sinergia e coordenação de movimento.
A democracia na escola, sem debate, sem participação efetiva, feita pelo voto vazio, só pra "se vier um interventor é pior" nasce morta, invalida o discurso, apoia um Brasil preguiçoso, leniente, achincalhado.
No entanto, continuamos vivos, comemorando o dia dos mortos.