Podilê

Este blog é um diário das minhas intempéries.

quarta-feira

Onde está Wally?

Fico me perguntando todo dia onde está aquele carinha de óculos, mas com a feição descolada, que eu procurava na multidão do tabuleiro (e era uma felicidade quando o encontrava: Ó! Te achei!) Porque agora, senhores, eu o procuro, procuro, procuro e não acho mais.

"Ah, é porque o jogo agora tem nível de dificuldade maior" alguns poderão dizer. Tolinhos, eu sou a mestra Yoda desse jogo.

Tenho aqui pros meus botões que ele (o Wally) deve estar usando uma máscara e eu não tô sabendo. Aquele carinha que se destacava no meio da multidão porque estava fazendo uma coisa que ninguém fazia, fugia do lugar comum, que tava sempre me olhando com bom-humor, disposto a trocar (vejam a palavra que eu usei "troca", não usei "ombro amigo", não usei "sexo bom", não usei "conforto nas horas de solidão", não usei "pedal legal", não usei nenhuma dessas, usei "troca"). O cara usava uma mochila que me dizia várias coisas: que ele não era um mauricinho egocêntrico; que não tinha apego à coisas chatérrimas que se acumulam com o tempo na nossa vida; que se eu falasse : "Bóra", ele ia; e outras mais...

Cadê esse cara? Se ele não usa uma máscara e tá se escondendo (o que seria uma covardia, do meu ponto de vista) o cara simplesmente não está. O tabuleiro só tem aquele monte de gente fazendo coisas esquisitíssimas, mas ele não tá lá. Ou não ESTÁ, ou não EXISTE.

Gosto do Wally, adoro o jogo, mas eu não tenho mais paciência com caras que se escondem no tabuleiro.

Sinto que a TPM retorna...