Podilê

Este blog é um diário das minhas intempéries.

domingo

Reconhecendo

Ela não responde porque é pacifista. Fica exibindo aquele ar blasè, como que superiora àquilo tudo. Também vai embora e deixa a porta aberta, mas não diz o adeus, porque seria dar muitas explicações.

É assim, blaseliando, que vai levando a vida, ficando sozinha por medo de enfrentar seus medos (alguém dirá ridículos) tão insignificantes.

Mas não são ridículos para ela. Para ela são enormes. É difícil e complexo não gostar e não ter medo de dizer, querer e não se conformar, buscar sem medo de encontrar.
Ridículos, insignificantes, e ela volta a ser o que era.

O início era reconhecer que não eram ridículos. Que eram grandes e davam medo.