Podilê

Este blog é um diário das minhas intempéries.

terça-feira

Solidão é ter a mente tagarela

Cabei de ler Quando Nietzsche chorou.

É um romance que retrata as angústias de dois homens de meia idade ao repensarem suas vidas. Temas como amor, solidão, casamento, relacionamentos são tratados com base na psicanálise. Os personagens são cativantes pelos dramas “humanos, demasiadamente humanos” que passam e o texto reproduz algo da realidade (as doenças de Nietzche, as cartas que trocou com seu amor, Lou Salomé - que eu adorei, achei linda e me identifiquei profundamente- e seus amigos. Os dois personagens principais analisam suas vidas, com a ajuda coadjuvante de Sig (mund Freud), por meio dos seus sonhos (qualquer semelhança é pura e deliciosa coincidência). O livro é muito bem escrito, magistralmente tocante, tanto do ponto de vista da estrutura literária, quanto pelo valor histórico para a psicologia.


É tão bom que, após terminar de ler, resolvi fazer um apanhado de várias partes interessantes, comecei a trazer pontos que margeiam a minha vida - viver a verdade ou deixar-se ser levado pela correnteza, escolher o que amar (pessoal, profissional, fisicamente), o significado de estar sozinha... Lendo o livro me senti várias vezes como seus personagens, ora um, ora outro, às vezes sozinha no meio da multidão, às vezes profundamente envolvida com minha mente tagarela.


Recomento muito. Quem lê este livro tem belos momentos com Josef Breuer, Sigmund Freud, Fiederich Nietzsche, Anna O. e, principalmente, Lou Salomé. Já existe disponível para download. Há também o filme, que ainda não vi. Mas verei.