Podilê

Este blog é um diário das minhas intempéries.

domingo

Avestruz

Tudo estava sempre de cabeça-para-baixo. O único remédio era abrir um buraco no fundo do quintal e enterrar a cabeça.

Quando alguma pergunta era feita por um cabeça-para-baixo e ela não sabia a resposta, nossa.... Ela corria para o fundo do quintal de casa, abria um buraco e colocava a cabeça ali dentro até que as coisas ficassem normais de novo.

Um dia, caminhando por uma rua cheia de arvores de bicicletas azuis, ela viu um buraco bem no meio do passeio. Aproximou-se bem devagarinho daquele buraco e pluft! Colocou a cabeça ali dentro.

Quando abriu os olhos! que supresa! Viu muitas cabeças enfiadas em buracos outros e o mais engracado: era tudo gente-cabeca-pra-cima como ela se sentia.

Espantou-se tanto que pensou felicidade dentro de si. Ela não era a única naquele lugar-fantasia que de vez em quando ficava vermelha e que por isso se escondia!

Não se sabe ao certo por quanto tempo ela ainda continuou se escondendo, o que se abe, com certeza, éé que a partir daquele dia ela viveu acompanhada-feliz.... para sempre!