Podilê

Este blog é um diário das minhas intempéries.

quarta-feira

Espero

Acordei cedaço, saí correndo, atrasada pra aula, o professor apareceu 10horas depois. Eu e meia dúzia de gatos pingados desorientados estávamos lá no fundo da sala e assistimos aula, voltei correndo, cheguei atrasada na Ioga e trabalhei até tarde.

Saindo, dizem, está uma noite linda.
Até que a vida não é ruim dirigindo de janela aberta numa noite menos fria,
com céu todiiinho estrelado.

Quando cheguei em casa vi que o cara ligou uma vez hoje.
Não se pode ganhar sempre.

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Menino de rua

Existir implica nascimento?
Vontade?
Consciência?
Pensar?
Crescer?
Criar?
Amar?
Eu tenho isso tudo... e tenho que pedir para existir e
eu tenho vergonha disso...

Eu existo, mas aqui.
Você não me dá existência, então eu,
aos poucos, vou fatalmente desaparecer, mesmo existindo aqui.

E vc, um dia, não vai mais me ver.
Não porque eu não queira aparecer,
não porque eu não tenha direito,
porque eu não queira,
mas porque você ME desapareceu.

Mas estou aqui, à espreita,
esperando a hora de provar que existo...

Inspirado no personagem Gwynplaine, da obra O homem que ri, de Victor Hugo.

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