Crônica de um carnaval que passou: uma emulação.
Nada. Não se defendeu dos golpes, não deu porquês, não analisou e elaborou estratégias. Aquele menino não queria brigar, queria sua vida de volta. E a vida era aquele amor. Não esse de agora, que grita, confuso, iludido por um mundo que não era dos dois, que vê a cidade cenográfica e acredita nela.
Foi à luta, na esperança que a menina o visse, acreditasse nele. Ele era sincero demais para mentir para a família. Churchill, um belicista, dizia que em tempos de guerra, a verdade é tão preciosa que precisa ser protegida por um monte de mentiras.
Mas o tempo, na cabeça daquele garoto, era de paz; na cidade, era tempo de carnaval e deve ser por isso que a mentira, tão pequena e ridícula, vestiu fantasia de grande, ficou importante e foi perturbar o carnaval dos namorados.
O fim do filme, como todo fim de carnaval, é pateticamente otimistta. O ideal se perdeu numa dança de passinho copiado.
(Inspirado em Quem quer ser um milionário? O filme está em todas as salas de cinema.)
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