Podilê

Este blog é um diário das minhas intempéries.

quinta-feira

Começamos 2008 com notícia boa.


A demanda feminina de um exame de mama rápido e indolor está perto de se concretizar. Uma nova tecnologia para exame de câncer de mama, chamada de transvarredura por bioimpedância, que não utiliza radiação, ao contrário das mamografias usuais, está sendo desenvolvida por pesquisadores do Programa de Engenharia Biomédica da Coppe, da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

O exame aplica uma corrente elétrica, de cerca de 800 microampères, em um cilindro metálico que é segurado pela mulher, o que faz a corrente passar pelo braço e atravessar o seio. A condutividade do tecido mamário é medida por uma sonda de 64 eletrodos colocada sobre o seio. Desde a década de 1980, é sabido que células cancerosas conduzem melhor eletricidade que as normais e, a partir desse princípio, o novo equipamento identifica áreas da região mamária que podem ser malignas.

Além de não causar desconforto na paciente, a tecnologia por condutividade elétrica pode detectar regiões com suspeita de câncer mesmo em mamas mais densas, como as de mulheres mais jovens, onde a sensibilidade do exame tradicional de mamografia e normalmente reduzida. Tal fato ocorre porque em tecidos densos o s raios X não permitem identificar com precisão a diferença entre a região cancerosa e as regiões saudáveis, ou seja, a imagem exibe menor contraste entre as duas regiões. Assim, a tranvarredura por bioimpedância aumenta a probabilidade de obter um diagnóstico precoce do câncer de mama e pode ser usada para complementar o tradicional exame de mamografia.

Os pesquisadores brasileiros estão desenvolvendo uma versão nacional dessa tecnologia. Um equipamento do mesmo tipo já é fabricado pela empresa Siemens, em Israel, mas sua importação tem um custo “ainda proibitivo”, segundo Márcio N. Souza, orientador do projeto. “O que estamos fazendo é tentar aprimorar uma tecnologia nacional e minimizar o custo do equipamento, para permitir a construção e difusão desse sistema de diagnóstico em vários centros de saúde”, concluiu.