O mundo é árabe.
Daí que lá no Lago Sul (os rios, em Brasília, batizam bairros) tava rolando uma feira de artesanato mundial. Várias bugigangas que devem custar muito barato lá, e que são um barato aqui, são revendidas bem caro pelas peruas que as compraram.
Dentre canetas douradas de esfinge, pedras produzidas no deserto e pastas de gosto amargo, duas coisas: A barraquinha dos podicrê de Curitiba e outra de Passo Fundo – RS.
Na dos podicrê ninguém mente, ninguém rouba e todo mundo barganha. Comprei um chá podicrê e orgânico e uma cumbuquinha de mel, totalmente reciclável – R$ 40,00, sem desconto, que é antipodicrê isso.
Na dos gaúchos cavei um descontinho: queria um salame de R$ 15,00 com cara de R$12,00 e paguei R$ 13,00, por um com cara de R$ 10,00.
E assim caminha a humanidade, caros senhores; que o mundo, na falta da barrraquinha dos Estados Unidos, vira todo árabe, dança ao som do derbaque e gosta mesmo é do dinheiro.
INCHALÁ